Relação entre depressão e qualidade de vida em mulheres com diagnóstico de câncer de mama

Resumo

Objetivo. Estimar o efeito da depressão na qualidade de vida (QV) em mulheres diagnosticadas com Câncer de Mama.

Método. Quantitativo, correlacional e transversal. Os dados foram obtidos por meio da ficha de dados, do Inventário de Depressão de Beck-II e do Questionário de Qualidade de Vida da EORTC QLQ C-30 e seu anexo BR23. A amostra foi de 110 mulheres com Câncer de Mama.

Resultados. 64,5% têm entre 39-58 anos, 64,5% têm companheiro, 76,4% são donas de casa.

50,9% não apresentaram depressão, 42,8% apresentaram depressão leve e moderada, enquanto 6,4% apresentaram depressão grave. Em relação aos resultados de QV, obteve-se média de 76,8 no estado global de saúde e foi encontrada correlação moderadamente negativa e significativa entre depressão e a escala Global health (rho= -.306, p =.001). A depressão explica 13% da variância na QV (R² ajustado= .13; F (1,109)=17,9; p ≤.0001) e os sintomas (efeitos colaterais, sintomas de mama e braço e perda de cabelo) explicam 15% da QV (R² ajustado= .15; F (1,109)=20,9; p ≤.0001).

Conclusão. Há uma correlação moderadamente negativa, mas significativa entre a depressão e a escala global de saúde, uma correlação negativa moderadamente alta e muito significativa entre a depressão e a QV, além de uma correlação negativa moderadamente alta e muito significativa entre a depressão e a escala. de sintomas. A depressão e os sintomas geram um efeito significativo na QV.